segunda-feira, 18 de julho de 2011


Brasil ganha prêmio de computação com cidade de voluntários

Na Copa do Mundo de Computação, a equipe brasileira criou uma cidade onde o trabalho voluntário começa com uma pessoa e se espalha. Problemas como falta de água, lixo acumulado e trânsito desaparecem.
Esta semana, o Brasil foi mais uma vez campeão do mundo, só que dessa ganhou uma copa diferente: a Copa do Mundo da Computação. Ela tem o apoio da ONU pra incentivar quem usa a tecnologia para melhorar o mundo.

Com robôs, jogos, acessórios, equipamentos eletrônicos e bandeiras de 70 países, a Copa do Mundo da Criatividade em Programas para Computadores este ano aconteceu em Nova York. E se é copa do mundo, é claro que o Brasil tinha que estar nela, com torcida e com a maior delegação de todas. Os prêmios iam até US$ 25 mil, mais ou menos R$ 40 mil.

Os poloneses trouxeram uma roupa especial, conectada à polícia. Enquanto o sujeito é preso, ele já é fichado. De Taiwan, vem um projeto engenhoso que identifica focos de incêndio em um prédio e indica a melhor rota de fuga. E se houver muita fumaça, um raio laser traça o caminho para a saída mais próxima.

Com um monte de placas, fios e componentes eletrônicos, o Brasil levou uma Unidade de Terapia Intensiva. O aparelhinho inventado por estudantes da Universidade Federal de Pernambuco realiza todos os exames que uma UTI móvel é capaz de fazer e custa bem mais barato que uma ambulância toda equipada: US$ 50. Ou seja, R$ 80.

Agora, imagine um surdo usando telefone celular. Impossível? Não para uns estudantes brasileiros também de Pernambuco. Eles inventaram um sistema que usa a câmera dos celulares para captar os movimentos da linguagem de libras. Na outra ponta, o programa literalmente traduz o que a câmera viu.

A novidade levou o segundo lugar na categoria de programas para celulares, mas também teve brasileiro no topo do pódio.

Imagine uma cidade onde o trabalho voluntário começa com uma pessoa e vai se espalhando pelos outros moradores. De repente, problemas como a falta de água, o lixo acumulado e o trânsito infernal desaparecem. Foi com essa ideia que a equipe brasileira conquistou o primeiro lugar em uma das categorias desta competição mundial.

O grupo de Curitiba levou o equivalente a R$ 40 mil com esse jogo. Uma cidade virtual cheia de problemas e que depende da ação de voluntários para a melhoria da sociedade. Quando você cria uma central de reciclagem, por exemplo, o lixo acumulado nas ruas vai desaparecendo. Os jovens programaram o jogo usando casos reais de gente que decidiu fazer a diferença nas suas comunidades.

“Um dos casos foi o da Maria do Nordeste. Na rua dela, tinham muitos lixos. E ela sozinha tomou a iniciativa de falar com todos os moradores e procurar voluntários. Cada um ajudava do jeito que podia, e eles conseguiram pegar um caminhão que passasse uma vez por semana. Então, baseado em boas ações que a gente viu que deu certo, a gente construiu o jogo e colocou todas essas ações dentro do jogo”, conta o programador Tiago de Souza.

Entre bandeiras da França, da Coreia, dos Estados Unidos, o verde amarelo triunfou e deu o seu recado. “Ajudar as pessoas, é isso que a gente está fazendo aqui. É disso que a gente está correndo atrás”, conta a programadora Rafaela costa.

No ano que vem, a competição acontece na Austrália. O time brasileiro já está se preparando para defender o título.
Fonte: G1

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